O jornal Charlie Hebdo, que sofreu um atentado terrorista sob acusação de ter ofendido o profeta Maomé, demitiu em 2009 um de seus cartunistas por uma piada considerada antissemita.
O cartunista Maurice Sinet, que assina sob o pseudônimo Sine, foi desligado do semanário satírico após ironizar rumores de que o filho do ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, planejava se converter ao judaísmo. “Este pequeno rapaz vai ter sucesso na vida”, publicou.
O comentário foi considerado uma alusão preconceituosa e o então editor da revista, Philippe Val, pediu para que ele se retratasse. Sine foi categórico: “prefiro ser castrado”.
Após o ataque ocorrido na semana passada em Paris, Charlie virou símbolo da defesa da liberdade de expressão e continuou a desenhar o profeta Maomé apesar da revolta do mundo árabe.
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