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Crise provoca ‘fuga’ do Brasil para buscar qualificação no exterior

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Engenheiro Anderson Cortez se prepara para intercâmbio na Austrália (Foto: Arquivo Pessoal)Engenheiro Anderson Cortez se prepara para intercâmbio na Austrália (Foto: Arquivo Pessoal)

O engenheiro de produção Anderson Cortez, de 31 anos, não tinha grandes perspectivas de voltar ao trabalho. Ele foi demitido em julho de uma fabricante de eletrônicos em Taubaté (SP) e, com o recesso no mercado brasileiro, decidiu que era o momento de realizar o sonho de fazer um intercâmbio no exterior.

A intenção é ganhar fluência em um novo idioma e a expectativa é conseguir uma recolocação com mais facilidade no retorno. “Quero ganhar fluência em inglês para uma futura recolocação profissional. Foi a solução que encontrei. Embarco no dia 2 de outubro para a Austrália. Volto em abril para o casamento da minha irmã, mas se o mercado não tiver bom ficarei mais tempo na Austrália”, disse.

Anderson foi um dos 130 funcionários demitidos de julho pela unidade da LG, no Vale do Paraíba. Apenas em julho, foram 2,5 mil postos de trabalho fechados na região. Nos últimos 12 meses, o número de demissões chegou a 6,3 mil.

Anderson conseguiu um visto de um ano como estudante na Austrália que permite 20 horas semanais de trabalho. Programas que conciliam estudo e trabalho estão entre os preferidos dos jovens com mais de 25 anos, segundo uma agência especializada em intercâmbios.

Procura
Segundo uma agência especializada em intercâmbios, que mantém uma unidade em São José dos Campos, a procura por intercâmbios cresceu 50% em suas agências em todo Brasil, na comparação ao primeiro semestre de 2014. No Vale Paraíba, a unidade registrou aumento de 28% na procura.

De acordo com a gerente comercial da unidade, Tamara Lima, os jovens têm visto o curso no exterior como uma oportunidade neste momento de crise. “A maioria está passando por uma dificuldade com relação a emprego. Ficou desempregado, entrou em Programa de Demissão Voluntária, tem um bom dinheiro e quer investir na formação. Também são recém-formados que recebem a ajuda dos pais”, afirmou. Nem a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro fizeram com que a procura caísse.

Segundo a agência, um curso de intercâmbo de seis meses varia de R$ 4 mil a R$ 20 mil. Um dos programas mais procurados é o de Au Pair, onde mulheres jovens de 18 a 26 anos podem trabalhar como babá e estudar nos Estados Unidos por um ano. O valor do investimento é de R$ 4 mil, mas com o trabalho, a jovem recebe moradia, alimentação e um a salário semanal.

Este modelo mais econômico de intercâmbio foi o escolhido por Marília Ribeiro, de 23 anos. Ela embarca dia 20 de setembro para o Havaí, os Estados Unidos. Recém formada em pedagogia, mas trabalhando em outra área, ela acredita que este é o momento certo para  viajar. “Não acredito que vou conseguir uma boa colocação na profissão que eu escolhi, não neste momento. Por isso, como já guardava dinheiro, acho que esse é um bom momento realizar esse sonho”, afirmou.

Paisagens naturais e construídas são parte do charme das cidades australianas (Foto: Arquivo pessoal/Carolina Brenoe/Marcus Vinicius da Silva Farias)Paisagens naturais e construídas são parte do
charme das cidades australianas (Foto: Arquivo
pessoal/Carolina Brenoe/Marcus Vinicius da
Silva Farias)

Receptividade
A cônsul Kátia Mackenzie, representante dos governos da Nova Zelândia e Austrália, esteve em São José dos Campos na última semana para falar sobre oportunidades de estudos oferecidas desde o ensino médio, o chamado High School.

A procura pelos países chamados do “novo mundo” tem aumentado nos últimos anos, ficando para trás somente dos tradicionais destinos – Estados Unidos e Canadá. Para a cônsul, a Nova Zelândia é um destino muito apreciado pela segurança que oferece, liderando os rankings internacionais que medem a qualidade de vida, oportunidades e educação.

“A Austrália e a Nova Zelândia são países receptivos, onde as pessoas são amigáveis. O setor governamental está em constante processo para melhorar a receptividade para receber estudantes de fora, a globalização da educação é de interesse destes países”, afirmou a cônsul.

Retorno
Para a diretora de Recursos Humanos, Roberta Sanfelice, o domínio do inglês é imprescindível para quem almeja uma carreira em uma multinacional. “Raramente contratamos quem não tenha fluência no inglês, pois esperamos alguém que esteja pronto para fazer apresentações e receba estrangeiros. Alguém que faz um intercâmbio consegue entender as diferenças e contribui para relações mais harmoniosas no ambiente de trabalho”, afirma a especialista que atua em uma multinacional de São José dos Campos.

O economista Roberto Koga alerta que o intercâmbio não é garantia de emprego, mas educação é sempre um patrimônio a se carregar para o resto da vida. “O Brasil passa por um período de retração na economia e não veremos uma saída nos próximos seis meses”, afirma.

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fonte : G1.globo.com

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