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Você vai ama isso ! : 28 coisas que eu quero que as meninas saibam

Em outubro passado, no Simpósio do Centro de Pesquisa da Laurel School, Carol Gilligan, que fez um trabalho importante em nome das meninas da Laurel no fim dos anos 1980, voltou para a nossa escola e nos desafiou a considerar o que é importante que as meninas saibam. Desde então, eu, diretora da Laurel e mãe de duas recém-formadas, refletimos sobre essa questão. Agora, com a preparação da próxima formatura, cheia de meninas incríveis, apresento minha lista.

Eu sei. Educação já foi sinônimo de aquisição de conhecimento. Uma educação nas disciplinas clássicas do conhecimento ainda é um privilégio enorme, mas o discernimento tomou o lugar da simples aquisição. Saber falar mais de uma língua, encontrar a poesia na matemática, trazer o espírito da curiosidade para a ciência – essas habilidades continuam a ter um valor enorme. E ainda quero que as meninas saibam algumas poesias de cor para ter conforto quando os tempos difíceis chegarem.

Mas hoje a escola é muito mais que aprender fatos, eventos ou conteúdo. Com o clique de um botão, descobrimos muito do que queremos saber. Vamos à escola para aprender a pensar. Certos conteúdos nos dão a sensação de estar no controle e ajudam na hora de aprender outros conceitos. Mas, com a facilidade de acessar o conhecimento, quero que as meninas saibam como discernir, como pensar, como detectar viés e como decidir ser uma fonte é confiável.

O que mais quero que nossas meninas saibam? Quero que todas saibam que:

1. Elas podem confiar nas próprias vozes como fontes de poder e inspiração.

2. Os componentes da resiliência – mentalidade focada no crescimento, criatividade, propósito, cuidado consigo mesmas e relacionamentos – estão sempre disponíveis e podem sempre ser desenvolvidos.

3. Aprender a tolerar a frustração é uma competência para a vida.

4. As capacidades de se adaptar, de ser flexível, de colaborar e de mudar de direção costumam ser mais importantes do que estar certa. Mas eu quero que elas saibam também que, às vezes, é importante bater o pé, não ceder. Quero que elas façam a diferença.

5. Uma mulher verdadeiramente respeitosa e cortês fala com todos no mesmo tom de voz.

6. Há uma diferença entre querer e precisar, e uma diferença entre suas próprias aspirações e aquelas que a sociedade parece esperar ou exigir.

7. Falar é fácil, e ações definitivamente falam mais alto que palavras.

8. Empatia e respeito para com todos é um objetivo pelo qual vale a pena lutar.

9. Elas podem sonhar alto, ser corajosas, se arriscar, empreender.

10. O risco pode valer a pena; os fracassos são educativos. O caráter é forjado pelo que aprendemos com nossos erros.

11. O trabalho duro tem valor e, às vezes, você ganha pontos só por estar lá.

12. Não é fraqueza pedir ajuda ou buscar mais recursos a fim de perseverar.

13. A educação é importante e, quando estiverem com dificuldade em alguma matéria, essa dificuldade em si tem valor. É com a dificuldade que aprendemos a persistir e, às vezes, a ficarmos satisfeitos.

14. Notas e resultados de provas não são, no fim das contas, uma indicação de inteligência; elas nem sempre terão de ser boas em coisas de que não gostam; em suas vidas e suas carreiras talvez consigam fazer algo que achem interessante, mas sempre vai ter uma parte do trabalho que é chata e que terá de ser feita.

15. Nos relacionamentos – aqueles que elas escolherem –, elas não têm de fazer todo o trabalho emocional; nas parcerias de verdade esse trabalho é compartilhado.

16. Cada uma delas pode ser amada.

17. Quanto elas pesam e o número de calça que usam não é nem de perto tão importante quanto a cultura quer fazer parecer.

18. Nos sentimos melhor, às vezes, quando nem tudo é sobre a gente, quando nos ocupamos dos outros – seja tomando conta de crianças pequenas ou de bichos de estimação ou lendo para idosos ou fazendo trabalho voluntário. Mas eu as alerto para o perigo de passar a vida toda cuidando dos outros sem pensar nelas mesmas.

19. Feminismo não é uma palavra suja. Igualdade é algo pelo qual muitas de nossas mães lutaram e, ainda assim, conquistamos pouco em 50 anos. Mulheres demais com a mesma educação, qualificação e experiência de um homem continuam ganhando salários menores.

20. Ficar brava não é irreparável; às vezes temos de mostrar raiva para provocar mudanças.

21. Elas podem fazer a diferença se eleitas para um cargo público e algumas delas TÊM de correr esse risco. Cada uma delas tem de votar em todas as eleições – sem desculpas. Votar é um direito e um privilégio.

22. Educação é a saída para a pobreza, e educação para mulheres é uma questão global essencial.

23. O dinheiro importa, e elas devem saber ganhá-lo. Administrá-lo e guardá-lo.

24. Dominar tarefas práticas – usar ferramentas, trocar pneus, lidar com tecnologia – ajuda as mulheres a se sentir competentes e no comando, mas também quero que elas saibam que não há vergonha em chamar um mecânico, um encanador ou o suporte técnico.

25. Elas são donas de seus corpos, sempre.

26. A saúde importa; elas devem ser proativas em exames de mama e papanicolaus e devem insistir para que suas amigas e mães façam o mesmo.

27. Saber se restaurar e tirar um tempo para fazer as coisas que dão alegria – ler, fazer ioga, tricotar, cozinhar, correr, tomar um banho de espuma – é usar bem o tempo.

28. Elas não estão sozinhas, e sempre nos sentimos melhor depois de uma boa noite de sono, e devemos sempre beber mais água.

Agradeço a Carol Gilligan por me inspirar a considerar o que eu quero que nossas meninas saibam. Na Laurel, não temos todas as respostar, mas estamos interessadas nas perguntas e nas muitas vozes que queremos que participem dessa conversa. Porque sabemos qual é o número 29… o aprendizado não acaba nunca.


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