Comissão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ouve população do Vale do Jequitinhonha
A reunião foi sobre a falta de água na região
Uberaba, 15 de julho, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – Mais uma vez o Vale do Jequitinhonha, localizado na Chapada do Norte, foi assunto em reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (14). O principal assunto do debate tem relação com a falta de água na região e moradores reclamaram sobre a situação.
Os moradores da região de Minas Gerais anseiam por uma qualidade de vida melhor, onde a falta de água não seja um problema. Segundo dados, a parte mais prejudicada são os pobres, moradores da zona rural, principalmente as mulheres. Então, visando melhorar a situação, a comissão da ALMG compareceu até a cidade para ouvir os moradores.
Um pouco sobre o tema tratado na reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
De acordo com pesquisa realizada no ano de 2010, o Vale do Jequitinhonha possuía aproximadamente 95% de população negra. Além disso, com mais da metade residindo na área rural. Os moradores da região são parte dos escravos fugitivos do estado da Bahia. Conforme relatado, eles já se acostumaram com a falta de água, no entanto a situação piora a cada ano.
A deputada Ana Paula revelou que na maioria das vezes os serviços de perfuração de poços artesianos ou o atendimento com caminhões-pipa, recaem sobre a prefeitura. Esta não tem formas de atender toda a demanda do local. Além disso, quando a mesma disponibiliza água, as condições são precárias e a população não consegue armazenar.
Deputada fala sobre a falta de água no Vale do Jequitinhonha
A parlamentar relata a situação dos moradores, inclusive das mulheres, que são as mais afetadas com a falta de água. De acordo com ela, os homens trabalham nas lavouras, e elas são as responsáveis pelos cuidados em casa e dos filhos. Além disso, muitas precisam deslocar uma distância grande para pegar água.
“São comunidades que carecem historicamente de falta de água. Para quem mora nos grandes centros urbanos, isso ainda parece uma realidade distante, mas não é. Precisamos ouvir e aprender com esse povo sofrido, mas acolhedor, para entender melhor como podemos atuar enquanto gestores de politicas públicas, inclusive no apoio à ciência”, afirmou.
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