Serasa de Uberlândia revela número de endividados na cidade
Os números indicam que quase a metade dos moradores da cidade estão endividados
Foto Agência Brasil - Reprodução Diário de Uberlândia
Uberaba, 21 de julho, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – Em uma pesquisa realizada pelo Serasa de Uberlândia, os resultados mostram que quase a metade dos moradores da cidade estão endividados. Os dados foram apontados pelo índice do mapa de inadimplência do órgão, revelando que só no mês de maio, o município tinha aproximadamente 300 mil inadimplentes.
De acordo com os números, Uberlândia é a segunda cidade na lista com mais endividados de Minas Gerais. Em primeiro lugar está Belo Horizonte, com aproximadamente 938 mil pessoas inadimplentes. No país, o total de endividados é quase 70 milhões de pessoas e o estado mineiro computa mais de 6 milhões.
A maioria das dívidas dos brasileiros, de acordo com o Serasa, são sobre cartões de créditos e instituições financeiras. Na sequencia, vem o débito com as companhias de água, energia e gás, e a menor fatia, relacionada com o varejo. A média da dívida dos moradores de Minas Gerais aproxima dos R$4 mil por pessoa.
Moradores endividados de Uberlândia falam sobre a situação
Em entrevista, moradores de Uberlândia detalharam sobre o motivo dos nomes sujos no Serasa. Um deles, jornalista na cidade, revelou que sua dívida é com uma instituição financeira e o valor é de R$2 mil. Ele contou que já tentou diversas negociações para quitar o débito, porém suas condições financeiras atuais não permitiram.
Em outro caso, um morador desempregado contou sua situação, e além das dívidas com cartão de crédito, também deve seis prestações da sua residência. No seu relato, ele afirma que não tem condições de arcar com as dívidas, pois faz bicos para suprir as necessidades básicas.
“Está muito complicado, energia cara, supermercado caro, tenho que pagar condomínio. A gente tem que procurar fazer alguns serviços que aparecem. A parcela do meu apartamento é alta, e com os juros altos, aí que não tenho condições mesmo. Sou casado e tenho um filho de treze anos, estamos comprando só o básico”, contou ele.
Profissional comenta sobre o assunto
De acordo com um dos moradores da cidade e profissional da área administrativa, os números divulgados pelo Serasa surpreenderam. No entanto, ele afirma que essa mudança está relacionada com os efeitos da pandemia, inclusive com pessoas perdendo seus empregos ou necessitando alterar a sua função no mercado de trabalho.
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