Uberlândia divulga percentual dos procedimentos cirúrgicos em mulheres
Mulheres buscam diagnósticos e tratamentos para endometriose
Uberaba, 15 de agosto, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – Em levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, apontou que Uberlândia registrou um aumento de aproximadamente 250% nos procedimentos cirúrgicos nas mulheres para diagnosticar endometriose. Os dois exames, para identificação da doença, foram realizados por 132 pessoas, só no primeiro semestre.
Durante o ano de 2021, aproximadamente 38 mulheres de Uberlândia realizaram um dos exames. Recentemente, a cantora Anitta anunciou em suas redes sociais que passaria por um procedimento cirúrgico, para tratamento de endometriose. Na ocasião, ela explicou que muitas mulheres sofrem com a doença, mas não consegue diagnosticar por falta de informações. Após o anúncio da funkeira, o público feminino ligou o sinal de alerta.
Médica de Uberlândia explica sobre endometriose
Uma médica ginecologista de Uberlândia, Mileide, explicou um pouco sobre a doença e seu tratamento. De acordo com ela, os dois procedimentos cirúrgicos são de fácil recuperação e não agridem tanto o corpo das mulheres. Além disso, ela falou sobre a identificação dos casos nas mulheres.
“O diagnóstico se baseia no histórico clínico da paciente, sempre é individualizado. É preciso entender o ciclo menstrual, entender se a paciente tem sintomas, se a dor é algo típico. Os exames de imagens são utilizados para avaliação e diagnóstico da extensão das lesões”, afirmou a ginecologista.
Um pouco sobre endometriose
A profissional revelou que a doença causa cólicas menstruais tão fortes, que as mulheres se sentem incapacitadas neste período. Além disso, o incômodo não passa apenas com analgésicos, necessitando de um atendimento em alguma unidade de saúde. E, a endometriose pode causar infertilidade, problemas urinários e até no intestino. Então, a profissional orienta que as mulheres busquem ajuda se perceber sintomas causados pela doença.
Em entrevista, uma professora da cidade de Uberlândia contou que convive com a doença há 23 anos. Ela explicou que sofria com cólicas durante o período menstrual desde a sua adolescência, mas pensava que era algo normal. Com o passar dos anos e avanço da doença, ela não conseguia realizar mais suas atividades e buscou ajuda médica. No seu caso foi necessário a remoção do útero e outros procedimentos, no entanto, ela contou que não se recuperou totalmente.
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