Comunidade escolar do Jequitinhonha e Mucuri se opõe ao Projeto Mãos Dadas
A reunião aconteceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Uberaba, 10 de julho, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – Em uma reunião organizada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), contou com a presença de alguns representantes da comunidade escolar do Jequitinhonha e Mucuri. Um dos assuntos debatidos era relacionada com a municipalização do ensino fundamental, iniciativa do Projeto Mãos Dadas.
O encontro para tratar sobre o assunto, foi convocado por Beatriz Cerqueira e contou com a presença de alguns professores e integrantes da comunidade escolar. O Projeto Mãos Dadas foi uma criação do governo de Minas Gerais, e a parlamentar explica que a municipalização do ensino fundamental só ocorre se as câmaras de cada município aprovar.
Um pouco sobre o Projeto Mãos Dadas
O principal questionamento da comunidade escolar foi sobre a municipalização que já aconteceu em outras escolas de Minas Gerais. O projeto é um repasse de verbas e outros recursos para os primeiros anos do ensino fundamental, isso possibilita um maior número de alunos. No entanto, Beatriz Cerqueira revelou que o governo repassa esses recursos em cota única.
“O projeto não prevê o custeio, que ficará por toda a vida com as prefeituras”, relatou.
Após uma decisão do tribunal, o órgão responsável pela educação de Minas Gerais revelou que não cederá mais profissionais para as escolas municipais. Além disso, como uma possível adesão ao programa de recuperação fiscal, também proibiram o repasse de verbas de outros setores para a educação.
Comunidade escolar critica projeto
No entanto, o projeto e a municipalização não teve uma boa aceitação da comunidade escolar. Os representantes da comunidade escolar revelaram que criaram o projeto sem um diálogo com os demais. As críticas são tão incisivas, que denominaram o projeto de Mãos Amputadas.
Um dos representantes, residente da cidade de Virgem da Lapa, revelou que realizaram o processo sem o consentimento dos demais. Além disso, uma das professoras da mesma região, contou que todas eram contra a ideia, mas os vereadores aprovaram mesmo assim.
Já na cidade de Salinas, que também aprovou o projeto, a situação revoltante tem relação com a perda de investimentos que o município terá. Segundo informações do representante de um dos sindicatos localizados na cidade, a cidade terá um prejuízo de aproximadamente R$123 milhões nos próximos anos.
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