Comunidade de Ouro Preto protesta na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
A principal reclamação é contra a Vale
Uberaba, 14 de julho, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – A população de Ouro Preto compareceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em audiência realizada nesta quarta-feira (13). E quem tomou frente na reunião foi um dos professores que atua na região. Este afirmou que o governo permite que a mineradora haja da forma que quiser.
Daniel Neri, morador de Ouro Preto e professor do Instituto Federal de Minas Gerais, revelou que os moradores estão aterrorizados e são vítimas da Vale. De acordo com ele, aproveitaram do rompimento em Brumadinho e usaram isso para aumentar os níveis de risco das outras barragens.
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“Alteram à vontade os níveis de risco, para obrigar as pessoas a saírem de suas casas. A Vale tem feito isso em todos os territórios; decide do dia para a noite que não vai mais pagar valor de aluguel e a Justiça acata, como se ela fosse dona do Estado”, afirmou.
Outras denúncias contra a vale na Assembleia Legislativa de Minas Gerais
De acordo com um dos representantes de uma empresa de assessoria técnica, José Castro, as obras de na região teriam início em 2021. No entanto, ele revela que a Vale impediu os serviços. Segundo José, o planejamento estava pronto, mas a mineradora age para atrasar o processo e não permite a presença deles no território.
Segundo seu relato, ele só pode auxiliar a população se estiver atuando na área. Inclusive detalhou que várias manchas de inundação apareceram neste período. E, de acordo com ele, continuam violando os direitos da comunidade residente na região. José revela que a população sofre com a poluição do ar e consequentemente com as doenças respiratórias. Porém, segue sem respostas da Vale e tem o futuro indefinido, pois a qualquer momento podem ser expulsos do local.
Representantes e parlamentares apontam criminalização da Vale
De acordo com um dos responsáveis pela comissão de Meio Ambiente, a postura da Vale é digna de revolta. Segundo relato dele, a empresa colocou a Polícia Militar para revistar ônibus dos trabalhadores e impedem que eles possam clamar pelos seus direitos. Beatriz Cerqueira, responsável pela convocação da audiência, afirmou que a empresa está dificultando um serviço importante, que é a assessoria técnica. E afirmou que a Vale está negando os direitos da população.
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