Salvador ganha espaço para vítimas de trabalho escravo doméstico
O projeto faz parte da campanha Agosto Lilás
Salvador, 10 de agosto, por David para o site Jornal Prime – Na manhã desta terça-feira (09) a Prefeitura de Salvador e o procurador-chefe do MPT na Bahia, Luís Carneiro, formalizaram um espaço destinado a acolher pessoas que são vítimas de trabalho escravo doméstico. A iniciativa vai proporcionar atendimento social e psicológico para as vítimas.
O projeto faz parte da campanha Agosto Lilás, que acontece durante todo esse mês na capital baiana e tem como foco o combate contra à violência contra as mulheres. O prefeito Bruno Reis também esteve presente na solenidade de oficialização.
Caso recente no estado
No início deste mês de agosto, a polícia resgatou um homem e sua esposa que estavam vivendo em situação de trabalho escravo na zona rural de Simões Filho, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O flagrante ocorreu na localidade de Palmares, quando os próprios trabalhadores conseguiram entrar em contato com agentes da polícia rodoviária.
Durante a ação policial, o proprietário da fazenda, que ainda não teve seu nome revelado, foi preso em flagrante. Os agentes, com ajuda de auditores do trabalho e um promotor constataram que havia indícios claros de trabalho análogo a escravidão através do depoimento colhido das vítimas. Segundo eles, o contratante os atraiu com uma proposta de trabalho através de um anúncio na internet.
Denúncias contra violência e violência contra mulher
Além disso, o projeto Fala Salvador 156 ampliou seu sistema de atendimento para a população do município. A partir de agora, a iniciativa passa a fornecer mais informações sobre a rede de proteção para as mulheres que são vítimas de violência doméstica e familiar, dando apoio aos Centros Municipais de Atendimento à Mulher. O projeto começou como uma ação experimental com base no “Programa Você Não Está Só”. Além disso, Fala Salvador é fruto de uma parceria entre o programa base e a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ).
Para que as mulheres tenham acesso às informações, basta teclar o número 9 ao ligar para o Fala Salvador 156. No dia 30 de junho, por exemplo, o programa registrou uma ligação de uma moradora da capital baiana que estava sendo perseguida pelo ex-companheiro. Por fim, ao telefonar para o 156 uma equipe transferiu a ligação para o Centro de Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (Camsid).
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