Aumento no preço do leite impacta doações para instituições de Uberlândia
As instituições de caridade registraram uma baixa nas doações
Uberaba, 01 de agosto, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – O aumento do preço do leite nos últimos meses não impactou somente as famílias de baixa renda na cidade de Uberlândia, mas também as instituições de caridade. O leite é um dos alimentos essenciais que compõe a cesta básica destinada para as famílias carentes.
De acordo com um estudo realizado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais (CEPES), no primeiro semestre de 2022, o preço do leite aumentou aproximadamente 48%. Em Uberlândia, a média do preço do litro de leite é de R$7,00. Com isso, os moradores do município diminuíram a quantidade nas doações para as instituições.
Responsável por uma das instituições de caridade em Uberlândia fala sobre a situação
Uma das responsáveis pela instituição Casa Fraterna Amor e Caridade em Uberlândia, afirmou que ele distribuem itens para as famílias do Assentamento Maná. Realizam a doação de fraldas, leites e outros insumos, atendendo aproximadamente 375 pessoas por mês. E, conforme relato dela, o estoque de leite está zerado e este é o principal item para o atendimento das crianças.
“As pessoas que ajudavam não estão conseguindo doar o item por causa do preço. Atendemos 70 mães adolescentes que têm filhos que ainda tomam leite e um litro não é suficiente para uma família que tem mais de uma criança”, revelou ela.
Ainda de acordo com a responsável pela instituição, muitas famílias mandam as crianças para as creches para que lá possam beber o leite. No entanto, conforme relato dela, com a alta do preço do alimento, as unidades escolares estão substituindo a bebida por chá ou iogurte.
Relatos de outra instituição
Em outra instituição de Uberlândia, a situação não é diferente e de acordo com a coordenadora da cozinha comunitária, a falta do leite tem afetado diversas famílias. Ela contou que recebiam aproximadamente 50 litros de leite como doação e agora o número é de dez caixas e às vezes nem isso.
Então, a coordenadora aproveitou a oportunidade para solicitar ajuda dos fazendeiros e empresários para que eles ajudem as instituições de caridade. Além disso, ela explica que várias crianças e idosos dependem desse alimento para sua sobrevivência.
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