Construção do Rodoanel é alvo de críticas na ALMG
Representantes reclamaram que não foram ouvidos pelo governo
Uberaba, 18 de agosto, por Aniele Lacerda, Jornal Prime – Não é a primeira vez que o tema construção do Rodoanel em Belo Horizonte tem debate na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Nesta quarta-feira (17), uma Comissão se reuniu com representantes das comunidades na cidade de Ribeirão das Neves e a maior reclamação é não serem ouvidos pelo governo.
De acordo com a parlamentar responsável pela Comissão da ALMG, Andréia de Jesus, ela solicitou a reunião para tratar sobre as diversas reclamações recebidas sobre a construção do Rodoanel. Segundo informado pela deputada, o Rodoanel colocaria em risco a moradia de diversas comunidades. Além disso, existe um documento impedindo o governo de consultar as pessoas envolvidas no processo.
Representantes de comunidades reúnem com Comissão da ALMG para falar sobre Rodoanel
Na reunião realizada pela Comissão da ALMG, os representantes criticaram o anúncio da construção do Rodoanel sem ouvir as comunidades impactadas. O líder de um quilombo de Ribeirão das Neves afirmou que o local existe desde 1920 e estão tristes com a notícia. “Estamos aqui há tanto tempo e passamos despercebidos”, disse ele.
“Não abrimos mão do nosso território sagrado, que proporciona a manutenção do nosso modo de vida”, afirmou um representante de uma comunidade na cidade de Contagem.
Sobre interferência do Ministério Público
Após o recebimento de várias reclamações das comunidades que sofrerão o impacto com a construção do Rodoanel, o Ministério Público tem a opção de apresentar um documento. O termo de ajuste de conduta (TAC) serve para que a população afetada receba uma consulta prévia do governo. Além disso, as comunidades decidiriam a forma de ouvidoria.
Então, o TAC mudaria as informações técnicas do Rodoanel conforme as opiniões das comunidades impactadas. E, só firmariam um acordo com o consentimento de todos os envolvidos no processo. No entanto, um dos responsáveis da Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirmou que não aceitam a medida imposta pelo Ministério Público. De acordo com ele, esse TAC pode induzir a população ao erro e sendo assim, eles abririam mão de alguns dos seus direitos, sem conhecimento.
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